Pragmático e comunicador nato. Após o desaire do seu pupilo, João Cunha e Silva também teve direito a uma conferência de imprensa onde, sem grandes rodeios, explicou alguns dos maneirismos de Frederico Gil e fez uma análise excelente do encontro entre o português e James Blake.
Quanto ao actual momento de Gil, o seu treinador referiu que ele "ainda tem dificuldades naturais em relacionar-se com toda a envolvência mediática em seu redor". Reforça ainda a necessidade do seu pupilo em "gerir melhor o seu tempo, uma vez que tem de haver espaço para os jornalistas (...). Toda esta atenção mediática tem o reverso da medalha mas a visão do Gil como um atleta de referência é muito importante", adicionou João Cunha e Silva.
A conversa desviou-se para alguns pormenores psicológicos de Frederico Gil. Até há algum tempo, o português era famoso por demorar muito tempo entre os pontos mas Cunha e Silva foi pragmático. "Há 3 anos frente a Tursunov, fui eu que lhe disse para jogar no limite do tempo entre os pontos (25 segundos). Tudo isso faz parte da estratégia, há que forçar a velocidade do jogo, chamar a si a responsabilidade do encontro, é uma prova de presença", afirmou o treinador. E prosseguiu "Aliás foi algo que não faltou ao Gil hoje, esteve dinâmico, impôs velocidade entre os pontos quando servia". No jogo de hoje foi mesmo Gil quem acelerava o passo, era sempre ele o primeiro a levantar-se da cadeira após o minuto de descanso. Tudo isto são pistas de como todos estes detalhes são trabalhados ao pormenor pela equipa técnica de Gil.
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