segunda-feira, 4 de maio de 2009

As habituais conferências de imprensa

Frederico Gil, o nome que tem enchido as páginas da imprensa nacional, esteve neste início da tarde na sala de imprensa do Estoril Open para realizar a sua conferência pré-torneio. Gil, regressado da Tunísia e com apenas duas horas de sono, falou sobre o actual momento da sua carreira, sobre o Estoril Open e sobre contratos publicitários.


A sessão ficou mesmo marcada pelo anúncio da ligação com a Playstation, que aposta pela primeira vez no ténis nacional. A ligação terá, para já a duração do Estoril Open, podendo ser alargada caso esta seja bem sucedida.


Ao longo do questionário, Gil deu a volta a algumas perguntas mas em geral mostrou-se satisfeito por ter entrado directamente no quadro principal e por só jogar na quarta-feira. "O que importa é estar em boa forma e este dia de recuperação é muito importante após a semana na Tunísia", disse o português. Quanto ao seu adversário na 1ª ronda, Gil mostra-se cauteloso. "A diferença de rankings é considerável, por isso Blake é favorito", referiu o nº 1 nacional. E continuou "jogar em casa é uma vantagem, gosto das condições do Estoril Open (vento) (...). Só o vi treinar em Miami e conheço-o de ver os seus jogos na televisão". Quanto ao momento que vive, Gil diz ser importante encarar o ténis de modo profissional - "o ténis é uma carreira". Quanto à evolução no ranking ATP (actualmente na sua melhor posição de sempre - 68º ATP), Gil esquiva-se ao objectivo do top 50 - "o meu objectivo é descansar e estar em boa forma para o jogo contra o James Blake".


Frederico Gil tem vindo a acumular uma série de bons resultados no circuito ATP e só esta semana conseguiu reproduzir esse bom momento no circuito challenger. Quando questionado sobre se ainda tinha motivação para jogar esses torneios de nível inferior, Gil foi directo "A organização, mediatismo, envolvimento do público e motivação são bem diferentes mas quis muito fazer um bom resultado em Tunis para contrariar essa tendência".


Gil estará também presente no quadro de pares, ao lado de Rui Machado. A vertente de pares é algo que não tem apostado muito nesta temporada. "Desde que tive o problema no joelho, sinto algumas dificuldades em conciliar singulares e pares, especialmente se forem no mesmo dia, a recuperação é mais lenta".


Imediatamente após a entrevista ao Frederico Gil, entrou Neuza Silva, visivelmente desapontada. A setubalense chegou mesmo a estar perto das lágrimas em plena conferência de imprensa. "A ansiedade apoderou-se de mim e dificultou a minha concentração e o meu esquema táctico", mencionou a aniversariante. "Quanto se vence por 4-1 no 3º set, são jogos que não se podem perder, independentemente se temos a nº1, nº 30, 100 ou 200 do outro lado", esclareceu a mesma. "É uma pena, estou com minha moral muito em baixo, se tivesse ganho o encontro a minha confiança ficava no topo e os jogos seguintes podiam correr bem, a 1ª ronda é sempre a mais difícil". Quando questionada sobre a sua esquerda, Neuza esclareceu que joga sempre em slice porque ainda sente alguma dôr no pulso esquerdo. "Desde a lesão grave que tive, nunca mais recuperei".


A organização ainda deu um presente à nº2 nacional, um bolo de aniversário, que serve de consolação à portuguesa de 26 anos.


Leonardo Tavares entrou de seguida e apesar da desilusão de uma derrota num jogo equilibrado, mostrou-se satisfeito com o seu desempenho no Estoril Open. "Tive muitas oportunidades no 1º set, fui mais agressivo no 2º parcial e resultou bem e no 3º entrei mal. Cometi alguns erros na resposta, devia tê-lo obrigado a bater mais pancadas...para além disso ele também respondia bem ao meu serviço", explicou o portuense. Quanto ao futuro, diz que vai incluír futures e challengers no seu calendário, devendo partir para um challenger no Brasil caso consiga entrar no quadro. "Sinto que estou a melhorar todas as semanas, nestas qualificações de challenger que fiz senti que estava a melhorar, a bater-me de igual para igual com jogadores bem melhor classificados do que eu. Por outro lado foi muito importante vencer um future este ano, ainda por cima de um modo relativamente simples. Na altura joguei de modo sólido e rápido, o meu serviço também está felizmente de volta após o meu problema no ombro", afirmou Tavares. Leonardo contou ainda um problema que afectou um pouco a sua temporada, na qualificação para o challenger de Nápoles diante de Jose Antonio Sanchez de Luna, onde Leonardo foi obrigado a desistir. "Senti-me muito estranho a meio do encontro, o meu batimento cardíaco estava muito alto, mesmo quando parei durante 10 minutos mantive batimentos na ordem dos 140-150, estava a ficar bastante assustado", contou Tavares. "Tive que fazer uma série de exames médicos e a verdade é que estive parado alguns dias e perdi algum do ritmo que trazia da vitória em Albufeira".

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